Quando uma metástase cerebral é diagnosticada, prontamente a preocupação e o medo surgem na vida deste paciente e dos seus familiares. Há o pensamento imediato da necessidade de realizar uma cirurgia no cérebro, bem como dos riscos envolvidos.
No geral, os pacientes descobrem uma metástase no cérebro de 2 formas:
Ele já tinha conhecimento de um câncer em outra parte do corpo, e, por um sintoma neurológico ou no
screening oncológico, foi detectado a lesão no cérebro. Aqui pode surgir frustração e desânimo, uma vez que ele já estava na luta contra o câncer, e agora está diante deste novo desafio.
Ou aquele paciente sem diagnóstico prévio de câncer, e que por algum sintoma, como dor de cabeça, déficits neurológicos ou crise convulsiva, realizou um exame de imagem que mostrou a metástase cerebral. O sentimento de pânico pode tomar conta neste momento de incerteza, por um diagnóstico que não estava nos planos da vida de ninguém.
Assim, ao abordar esse contexto é importante conhecer os tratamentos disponíveis, como a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia para remoção da metástase no cérebro.
Siga com a leitura para entender mais sobre o tema.
Uma metástase cerebral ocorre quando a célula de algum câncer presente no corpo migra pela corrente sanguínea até alcançar o cérebro. Esta célula começa a se multiplicar e, quando atinge tamanho suficiente, pode causar edema e/ou prejudicar a função daquela parte específica do cérebro.
Assim, as metástases cerebrais podem ser únicas ou múltiplas. E os principais tumores que dão metástases para o sistema nervoso são:
Outros tumores também podem gerar metástases, e também podem ocorrer em qualquer parte do cérebro. O tratamento seguirá no tripé: quimioterapia, radioterapia e cirurgia.
A
interação multidisciplinar entre o
neurocirurgião,
oncologista e
radioterapeuta é de grande importância nestes casos.
Existem vários fatores analisados antes de indicarmos uma cirurgia, por exemplo:
Assim, as principais indicações de cirurgia para uma metástase são:
Ocorre quando o paciente descobre uma lesão cerebral, sem ter conhecimento do local e tipo do câncer primário que gerou aquela possível metástase.
Nestes casos, realiza-se a cirurgia e os fragmentos tumorais são enviados ao médico patologista que irá conseguir dizer qual o tipo e origem daquela célula tumoral. Assim, o oncologista será capaz de definir o melhor acompanhamento e tratamento após a cirurgia.
Algumas lesões podem atingir tamanho significativo, e mesmo que haja resposta satisfatória daquele tipo de tumor à quimio/radioterapia, a cirurgia poderá ser necessária. Além disso, algumas lesões podem sangrar de forma importante ou lesões menores podem causar extenso edema no cérebro vizinho, o que também deverá ser analisado.
Todas estas condições, tamanho da metástase e edema cerebral, podem aumentar a pressão no interior do crânio, o que coloca em risco a vida do paciente. Assim, a cirurgia para ressecção da metástase cerebral pode ser o primeiro tratamento instituído, cujo objetivo é tratar a hipertensão intracraniana.
A depender da localização no cérebro, as metástases cerebrais podem cursar com déficits neurológicos, tais como: déficit de força e coordenação, formigamentos, alterações visuais, linguagem, memória etc.
Nestes casos, a cirurgia poderá ser indicada para melhorar os sintomas neurológicos do paciente, além de ajudar no controle da doença e melhorar sua funcionalidade.
Como deu para perceber, a cirurgia para remoção de uma metástase no cérebro é uma ferramenta importante na luta contra o câncer.
Independente da modalidade de tratamento escolhido, ele sempre irá se basear no melhor controle da doença, ao mesmo tempo que proporciona maior sobrevida com melhor qualidade de vida.
Assim, inicialmente o neurocirurgião avalia através dos exames de imagem o melhor acesso cirúrgico e quais recursos tecnológicos serão necessários para ressecar este tumor.
Há casos que o objetivo da cirurgia é apenas a coleta de material para identificação do sítio primário, uma vez que o tumor se localiza em uma área profunda e inacessível do cérebro. Neste exemplo, a cirurgia poderá ser uma biópsia através de um pequeno orifício, realizamos uma punção com uma pequena cânula guiada por coordenadas milimétricas até alcançar a lesão (biópsia estereotática).
Caso este tumor esteja localizado em acesso cirúrgico factível, ele já poderá ser removida por inteiro no mesmo ato cirúrgico. Nestes casos, são tumores mais superficiais ou possuem um corredor cirúrgico favorável para alcançá-lo.
Quando a metástase se localiza em áreas eloquentes, como da linguagem por exemplo, a
cirurgia poderá ser realizada com o paciente acordado, para que durante o ato cirúrgico esta função neurológica seja testada de forma mais fidedigna, diminuindo a chance de acometimento da linguagem após sua remoção.
Nos demais casos em que o paciente não precisa ficar acordado, a cirurgia é realizada sob
anestesia geral. Durante o ato cirúrgico os cuidados anestésicos ajudam o cirurgião na hora da ressecção do tumor, pois conseguem aliviar a pressão intracraniana e diminuir o edema cerebral.
Outras tecnologias empregadas como a neuronavegação e a monitorização eletrofisiológica podem ser utilizadas.
A
neuronavegação é bastante útil, funciona como um verdadeiro GPS. Através dos exames de imagem do pré-operatório e coordenadas obtidas, esta tecnologia permite o cirurgião precisar a localização do tumor sem mesmo antes fazer qualquer incisão com o bisturi. Assim, é possível realizarmos incisões e acessos cirúrgicos menores, localizar de forma mais precisa lesões profundas, e ajudar na melhor recuperação destes pacientes no pós-operatório.
Já a
monitorização eletrofisiológica intra-operatória consegue mapear as principais vias motoras, sensitivas e nervos cranianos, de forma a avisar ao cirurgião caso ele se aproxime destas áreas durante a cirurgia e evitamos de manipular estas regiões. Outra situação são tumores localizados próximo ou na própria área motora do cérebro, por exemplo. Nestes casos, fazemos todo o mapeamento cerebral através de eletrodos, antes de iniciar a remoção do tumor. Deste modo sabemos exatamente qual parte do cérebro é responsável pela motricidade e qual área podemos abordar, diminuindo o risco de sequelas no pós-operatório.
A cirurgia atualmente possui diversas ferramentas que a torna mais segura do que décadas atrás, com
excelentes resultados cirúrgicos e oncológicos.
O mais recomendado é que você
procure o auxílio de um médico, caso tenha recebido o diagnóstico de uma metástase cerebral. Somente um profissional conseguirá te ajudar a colocar na balança os prós e contras da realização da cirurgia, indicando o procedimento mais seguro conforme o seu quadro.
Ainda tem dúvidas sobre o tema? Não deixe de acompanhar o Dr. Djalma Menéndez, neurocirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Acesse o
site e saiba mais.
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