Os tumores que surgem no cérebro podem ser de 2 tipos: primário ou secundário. Isto é, existem tumores que começam a distância no corpo, como o câncer de pulmão ou mama, podem dar metástases e se alojarem no cérebro. Estes são os tumores secundários que aparecem no cérebro mas não vem do próprio tecido cerebral.
Já os tumores primários do cérebro são aqueles originados do próprio tecido cerebral ou seus envoltórios (meninges, calota craniana, etc). Neste grupo nós temos os meningiomas, schwannomas, os gliomas, entre outros.
Para entender melhor sobre os gliomas continue nesta leitura!
Como dito anteriormente, os gliomas constituem um tipo de tumor primário do sistema nervoso. Diferente dos meningiomas ou schwannomas, os gliomas são tumores originados a partir do próprio cérebro, mais precisamente das células da glia. O próprio tecido cerebral está doente nestes casos.
As células das glia servem de suporte, nutrição e proteção de outros neurônios. E possuímos vários tipos de células da glia, com diferentes funções. Desta forma, todo tumor originado das células da glia é considerado um glioma!
Conforme o tipo de célula da glia acometida, os gliomas recebem nomes específicos, como por exemplo: astrocitoma (provenientes dos astrócitos), oligodendroglioma (oligodendrócitos), ependimoma (células ependimárias), e assim por diante.
Não costumamos falar em tumores benignos ou malignos para os gliomas, mas em velocidade de crescimento. Existem tumores que crescem numa velocidade lenta, podem ficar assintomáticos por anos ou décadas, e outros gliomas que crescem muito rápido e em poucos meses já se tornam sintomáticos.
Há uma classificação que os subdivide em gliomas de baixo grau e gliomas de alto grau. Os de baixo grau são os tumores que crescem muito lentamente, tendo um comportamento "benigno" por esta linha de raciocínio.
Já os gliomas de alto grau são aqueles que crescem muito rápido. É comum encontrar nos de alto grau áreas de tecido necrosados (mortos) e/ou proliferação vascular no local do tumor, justamente devido ao intenso metabolismo e crescimento das células tumorais no local. Assim como surgem, elas morrem e necrosam rapidamente e precisam de maior aporte sanguíneo para todo este alto metabolismo envolvido.
Enquanto que os gliomas de baixo grau se apresentam sem necrose e sem proliferação vascular. Vale notar que no intra-operatório para ressecção destes tumores, o cirurgião pode encontrar certa dificuldade em diferenciar o tecido cerebral normal do glioma de baixo grau. Às vezes a única diferença é que o tecido tumoral fica um pouco mais endurecido ou pálido.
Porém uma estatística desfavorável é que o tipo mais comum de glioma é o glioma de alto grau do tipo astrocitoma, grau IV, também conhecido com glioblastoma multiforme ou GBM. Este é um tipo de tumor com alta capacidade de agressão, mais comum após os 60 anos de vida, cresce muito rápido, necessitando também de um tratamento mais agressivo que sempre irá envolver: cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Um dos grandes desafios da medicina e da oncologia é desenvolver alvos moleculares que possam tratar estes gliomas, ou predizer qual glioma terá comportamento mais agressivo ou não.
Os gliomas, principalmente o GBM, são motivo de grande estudo molecular. Descobrir qual o mecanismo que faz estes tumores crescerem, bem como desenvolver terapias-alvos, seria uma forma de buscar a cura destes tumores ou retardar o seu crescimento.
Porém, os cientistas também estudam o perfil molecular destes tumores no que diz respeito à sua evolução. Mesmo tumores de baixo grau podem no futuro se tornar um tumor de alto grau. Por exemplo, um astrocitoma hoje de baixo grau, pode em alguns anos se transformar num GBM. Então um outro motivo de toda essa análise biomolecular é predizer quais tumores poderão se tornar mais agressivos no futuro, e desenvolver tratamentos atuais que consigam impedir ou retardar esta evolução.
Como deu para perceber a classificação mais simples em gliomas de baixo e alto grau vem cada vez sendo menos usada para conduzir estes tumores. É por isto que muitos tumores ditos de baixo grau, às vezes são tratados como de alto grau, pelo alto risco de evoluir para um glioma de alto grau no futuro.
É importante buscar um profissional especializado sempre que você sentir algum sinal ou sintoma associado a um glioma.
Os sintomas costumam variar conforme a localidade do glioma, o tamanho e o estágio do tumor. Porém, de forma geral, estão inclusos sintomas como:
Normalmente é solicitada uma ressonância magnética para analisar se há ou não um glioma. Contudo, podem ser solicitados outros exames mais específicos que ajudarão na identificação e entendimento da condição. Tractografia, espectroscopia, perfusão cerebral e ressonância funcional são exemplos desses exames.
Lembre-se que ao buscar ajuda nem sempre o diagnóstico será positivo para a condição de câncer. A consulta médica também serve para podermos esclarecer todas as dúvidas sobre determinados sintomas.
Se você apresenta sintomas, ou suspeita devido a outras condições, entre em contato, tire suas dúvidas e agende uma consulta.
Deseja acompanhar mais conteúdos como esse? Acesse nossa Central Educativa.
Obrigado por entrar em contato. Retornaremos assim que possível
Desculpe, houve um erro ao enviar a mensagem. Por favor, tente novamente mais tarde
(11) 2151-8709
WhatsApp: 11 94555-9809
Hospital Israelita Albert Einstein
Unidade Perdizes
Rua Apiacás, 85. Perdizes. São Paulo-SP
Responsável Técnico: Dr. Djalma Felipe da Silva Menéndez • CRM-SP: 141.313
Todos os direitos reservados. | Desenvolvido por Future Marketing,