A hipófise é uma das principais glândulas do nosso corpo, é conhecida como glândula mestra, por ser responsável pelo controle e funcionamento de várias outras glândulas, como a tireóide, supra-renal, glândulas mamárias, controle do crescimento do corpo, controle hídrico e do sistema de gônadas. Ela produz diversos hormônios que são responsáveis por atuar a distância no controle de todas estas funções.
Mesmo com tantas funções, ela é uma pequena glândula, do tamanho de uma ervilha, aproximadamente 1cm e pesa cerca de 1g. Fica localizada na base do crânio, em uma pequena estrutura óssea chamada sela túrcica.
Por vezes esta glândula pode ser acometida por um tipo de tumor benigno, conhecido como adenoma hipofisário. Estes representam cerca de 15% dos tumores intracranianos.
Agora você deve estar se perguntando, como uma estrutura tão pequena pode ocasionar perda de visão, certo? Vamos entender melhor nos tópicos abaixo. Boa leitura!
Quando a hipófise é acometida por um tumor benigno do tipo adenoma de hipófise, este pode ser de 2 tipos:
E o que quer dizer isto? Significa que a hipófise pode ser acometida por uma linhagem de tumor que irá produzir em excesso um tipo específico de hormônio, estes são os tumores funcionantes. Ou ela poderá ser acometida por um tipo de tumor que não levará ao aumento direto de nenhum hormônio, ou seja, não funcionantes.
Estes dados são avaliados pelo perfil hormonal traçado através de exames de sangue de todos os pacientes que possuem um tumor na hipófise.
Assim, existem tumores que darão sintomas conforme o hormônio que ele produz em excesso. Por exemplo, existem tumores de hipófise que produzem o hormônio do crescimento, conhecido como GH, e o paciente poderá desenvolver um quadro de acromegalia. Ou produzir outros hormônios como a prolactina, que estimula o desenvolvimento da glândula mamária e lactação. Ou mesmo o hormônio que controla a produção de cortisol nas supra-renais, chamado ACTH, e que pode levar a uma doença conhecida como doença de Cushing.
Já nos tumores não funcionantes, este perfil hormonal pode ser completamente normal.
Agora que você entendeu uma das formas de apresentação dos tumores hipofisários, isto é, através da disfunção hormonal que podem produzir, podemos falar da outra forma de apresentação bastante comum, que é a perda visual que podem ocasionar.
A hipófise, como dito anteriormente, fica localizada na sela túrcica na base do cérebro, e agora eu te pergunto: você tem ideia de qual estrutura passa poucos milímetros acima da hipófise?
Pois bem, chama-se quiasma óptico! Este é uma parte do nervo óptico que traz informações visuais de ambos os olhos. A hipófise fica exatamente abaixo e no centro do quiasma óptico.
Nesta parte central do quiasma óptico passam informações referentes a parte mais periférica do nosso campo visual. Enquanto que a parte mais externa do quiasma óptico traz informações do nosso campo visual mais interno.
Se um tumor que começa a crescer de baixo para cima, passa a comprimir o quiasma óptico na sua parte central, o paciente poderá iniciar um quadro conhecido como hemianopsia bitemporal, ou seja, ele vai perdendo o campo visual da periferia para o centro.
Algumas queixas na prática são que o paciente começa a perceber que seu campo de visão está fechando em ambos os olhos, então ele nota que esbarra com o ombro nas pessoas na rua ou portas da casa com maior frequência; alguns pacientes podem bater o carro na lateral, simplesmente porque estão com dificuldade de enxergar a parte mais periférica do campo visual.
Estes podem ser os primeiros sintomas visuais. Obviamente que a hipófise normal, do tamanho de uma ervilha não irá ocasionar sintomas visuais, a lesão precisa ter tamanho suficiente para comprimir o nervo óptico acima.
Caso não seja iniciado o tratamento de imediato estes sintomas podem se agravar conforme o crescimento do tumor. Até chegar ao ponto de acontecer grave compressão de todo o quiasma óptico e o paciente perder a visão por completo.
Alguns tumores de hipófise, como o prolactinoma (tumor funcionante produtor de prolactina), podem ser tratados com medicamentos que conseguem reduzir o tamanho do tumor evitando compressão do nervo óptico.
Outros tumores podem necessitar de cirurgia, principalmente aqueles que já levaram a um déficit de campo visual. O objetivo da cirurgia é descomprimir as vias ópticas e possibilitar recuperação da visão.
O diagnóstico precoce irá nos propiciar um tratamento adequado, de forma a evitar que um tumor hipofisário chegue ao ponto de causar perda visual total. Lembrando que em sua grande maioria, são tumores benignos, de crescimento lento!
Na presença de algum sintoma visual ou endocrinológico sempre procure um profissional especialista.
Por vezes é necessário suporte multidisciplinar com o endocrinologista, oftalmologista e/ou neurocirurgião. Uma discussão entre especialidades pode ser fundamental na escolha do tratamento ideal para cada paciente.
Existem casos onde apenas acompanhamos o paciente, outros que podem ser tratados com medicações ou que irão necessitar de intervenção cirúrgica.
Quer saber mais a respeito dos tumores de hipófise e realizar uma avaliação? Entre em contato e agende uma consulta para entendermos as particularidades de sua situação!
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